sexta-feira, 11 de março de 2016

Tya - A batalha do chamado (Adáia e Loreah)

Os raios do sol mal encontravam os solos perto de Tya. Soldados se apertavam nas fronteiras, ferreiros ajuntavam os armamentos, os arqueiros ainda encostados nas beiras do muro de madeira, reforçados com pedra e metal.
— Os seis da entrada norte estão posicionados? – Loreah olhava com atenção as bordas das beiras da depressão.
— Sim! Liof e a regente já estão prontos? – Perguntou Adáia pegando o arco.
— Para eles a batalha começou antes de acordarmos.
— Estamos prontos!

Adáia subiu as escadas da muralha, Loreah foi para a linha de frente dos soldados no portão ao sul. Uma brisa intensa passou acariciando os rostos. A seta de fogo vinda de Adáia foi vista pelos responsáveis nos tambores. O primeiro som que surgiu fez os arqueiros saírem de suas proteções e atirarem nos suportes que mantinha as beiras da depressão sem desmoronarem. A queda da terra engoliu uma grande quantidade de soldados no sul, os que sobreviveram foram alvejados pelas  flechas, os arqueiros seguiam um ritmo de disparo em uníssono com os tambores. Cavaleiros escarlates estavam apáticos e procuravam voltar as suas posições. Loreah saia nos portões esperando o confronto que não vinha.
— NÃO DEIXEM FUGIR! – Ela avançou.

Os escudos seguiram a chefe da guarda. Quando atingiram o alcance das flechas Adáia fez os arqueiros pararem, descerem as escadas e formarem a linha de trás a linha de trás. Os soldados escarlates pararam de fugir. Finalmente a batalha. Loreah acabara de decepar a cabeça de um soldado e viu a primeira iniciativa de ataque, ela esquivou. Um escarlate a sua esquerda iria golpeá-la em cheio senão fosse por um de seus comandados colocar o escudo a protegendo, se sentia confiante em seus soldados. O objetivo da tropa era avançar e ir em direção as outras aldeias, descobrir quantos ainda viviam sob o manto escuro do isolamento. O objetivo de Loreah era não deixar nenhum deles vivos.
Adáia avançou trocando o arco por uma espada longa, os arqueiros preparavam uma saraivada. Olhar as flechas cravando nos soldados escarlates e eles ainda se movimentando poderia ser desmotivado mas isso so dava mais vontade as tropas, as guardas chefes haviam ensinado de forma a fixar em todos os soldados a dificuldade da batalha. A reação dos cavaleiros escarlates tinha começado. Os escudos se encontraram, o ataque que antes era de oportunidade se tornara tático. Loreah continuava atacando sem hesitar. Os soldados a defendiam coordenadamente. Por automatismo mais do que por querer ela também protegia seus companheiros. Os escalates eram fortes mas a capacidade tática da guarda de Tya  tinham se tornado tão eficientes quanto os mecanismos criados pelo povo de Loreah e ajudava a superar a falta de força. A espada trespassou o soldado ao lado da ladina, a pupila dela retraiu, o liquido denso e morno tocou seu braço que empunhava a espada curta. Sentiu a respiração e voltou a atacar, aproveitou o peso do oponente que acabara de desferir um golpe e o chutou, no peito. Escutou um grito crescendo na nuca. Ela se virou deixando o golpe de Adáia acertar o cavaleiro caído na altura do estômago. Agora ela estava por cima e a linha de escudos  avançou empurrando os escarlates que apareciam. Escutavam o som das armaduras vermelhas e do metal se chocando. Adáia arrancou a cabeça do cavaleiro que agora estava no chão. Olhando para Loreah indicou o caminho.

A vitória era inevitável, muitos soldados escarlates escaparam de lá devido o primeiro comando, a batalha se seguiu forte sem esmorecer. Ao terminar o contingente teria sofrido a perda de de um quarto Loreah e Adáia olhou confiante.
— Agora é buscarmos auxilio das outras aldeias.
— O que estamos esperando?
— Vou me despedir de Cinor e de meu amado - falou se dirigindo a cidade.
Loreah sentiu a pontada no peito, desde a mescla de experiências com a guerreira a saudade do abraço dos dois a povoava.
— Temos que prosseguir - falou baixinho, então apontou para um grupo de cinquenta arqueiros  vocês vem comigo - apontou para um agrupamentos de linha de frente - vocês vem comigo.
Partiu sem se despedir.

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